Faça por merecer! - a teologia do mérito




[O Portal dos Invisíveis]

Não contamos ninguém, mas contamos com TODOS!

Creio


Hoje, eu não quero nem saber em quantos somos. Nunca conto. Nunca contei nem quantas Estações o "Caminho da Graça" tem... Não me entristeço quando somos poucos, não me entusiasmo quando somos muitos; só queremos ser TODOS!
Leia mais

[O Portal dos Invisíveis]

Creio


Nos identificamos com os que respondem ao Evangelho com um SIM!

O Caminho da Graça é a nomenclatura que damos "circunstancialmente"
ao movimento que reúne pessoas que buscam a simplicidade
do Evangelho de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus. (Caio Fabio)

Leia mais

[O Portal dos Invisíveis]

Quem é e quem não é do "Caminho da Graça"

Creio


Os do “Caminho da Graça” são os que, pela vida, confessam Jesus e o Evangelho. Os que assim não fazem são apenas pessoas que aparecem aos encontros, mas que nada fazem do bem do Evangelho em suas vidas; portanto, andam nas reuniões do “Caminho da Graça”, mas ainda não estão no Caminho.

No Caminho de Jesus só é quem se faz ser todos os dias!

Leia mais

Caminho Com-Ciência - Marcelo Quintela



Clique aqui para assistir a 2ª Reflexão.

[O Portal dos Invisíveis]

Sem Barganhas com Deus



[O Portal dos Invisíveis]

O Evangelho

Este é o convite aos do Caminho: tornarem-se semelhantes a Jesus no curso da jornada da fé, dia a dia sendo transformado de glória em glória, até que se vá chegando à estatura do Novo Homem, o qual se renova segundo Deus mediante a prática do amor e da verdade.

O Encontro no Caminho
De minha parte, quero apenas ver os discípulos de Jesus crescendo em vida com Deus, em amizade clara e respeito uns para com os outros e em saúde relacional na vida. Gente descomplicada e desviciada de "igreja" e livre dos estilhaços das guerras fratricidas, e, assim, comprometidas com plantar sementes por onde for. [leia +]

Para onde caminha o Caminho da Graça?
A gente quer um mapa, um sistema, uma estratégia, um planejamento de curto, médio e longo prazo. A gente quer saber como acontecerá: "Qual a estrutura que nos governará? Quais os sistemas que nos conduzirão? E quais os objetivos concretos a serem declarados? E que organização terá"? [leia +]

O Caminho versus a instituição
O Evangelho Imutável é o Vinho, e o resto tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande que a gente briga. [leia +]

Os do Caminho têm que ser apenas gente andante, seguindo a Jesus com outros, cada um com seu nível de compreensão e percepção, porém todos desejosos de aprenderem a Cristo, conforme Jesus nos ensinou a sermos o caminho de gente que busca se tornar semelhante a Ele.


[O Portal dos Invisíveis]

O Caminho versus a instituição

Não carregamos alguma espécie de fobia institucional, como se o simples fato de desviar-se da instituição promovesse o Evangelho. Não é o caso.

Toda instituição que existe para servir aos homens é boa e útil. Porém, quando ela demanda que os homens existam para mantê-la e servi-la como finalidade, então, ela se torna demoníaca e instrumento do congelamento das almas humanas.

Penso que a instituição é sempre algo como o Sábado nas narrativas do Evangelho: pode ser dia de descanso ou pode ser dia de prisão, juízo e morte. Assim como o Sábado foi feito para o homem e não o homem para o Sábado, também a instituição existe para servir ao homem, e não o homem à instituição. Sim, o institucional nos serve.

Veja: reconhecimento e afinidade geram instituição. Instituição é fruto da convicção em comum. Onde quer que pessoas se encontrem em razão de uma convicção em comum, ali há uma instituição, mesmo que seja nos encontros do bar da esquina.

Ora, nesse sentido, até o espaço virtual do portal
www.caiofabio.com, pela convergência de milhares de pessoas que a ele se ligaram pela convicção e em razão de cuja convergência veio a surgir naturalmente o Caminho da Graça, é também uma instituição.

Parece tudo muito simples de entender, mas a história mostra como o poder de perversão humana é facilmente exposto quando a instituição se instala em nós com I maiúsculo. É assim em todos os níveis sociológicos e, naquilo que nos interessa aqui, também é assim no cristianismo protestante do qual descendemos. Ora, isto vai das formalidades e das politicagens dos concílios e das convenções denominacionais e ministeriais até as mais cretinas formas de perversidade praticadas em nome de Jesus, e feitas de intrigas, tiranias, perseguições neuróticas e invenções mirabolantes que tiram a simplicidade do Evangelho e pervertem o sentido de ser evangélico.

Por isso, minha luta nunca foi contra a instituição, pois tal luta é tão inglória e tola quanto correr da própria sombra. Minha luta sempre foi contra
a institucionalização.

A instituição deve ser fruto do que é. Já a institucionalização põe o que é a serviço de algo que já não é, posto que apenas um dia foi. Como assim?

O princípio do Evangelho acerca do que se institui pela realidade e necessidade, em contrapartida àquilo que um dia foi e hoje já não é, nos é apresentado por duas imagens: a dos odres velhos e dos novos e a da veste velha e do pano novo.


A instituição é validada pela sua relevância e pelo seu significado real para a vida hoje. Instituição é um ente vivo se é feito de gente e para gente! Mas Institucionalização é o esforço presente por manter o passado e suas regras humanas de ontem válidas para hoje, mesmo que ninguém consiga ver a sua significação. Logo, é só a ditadura dos defuntos.

Assim, o pano novo e o vinho novo correspondem à instituição do que é — do que é necessário e do que é verdadeiro e sincero com a realidade. Do mesmo modo, a veste velha e o odre velho, com seu vinho velho, correspondem à institucionalização.

Jesus disse que era para não se tentar instituir o novo no velho instituído, pois jamais haveria compatibilidade.

Já o que se faz instituído como algo fixo (institucionalização) deseja vestir para sempre as pessoas com as vestes de ontem e almeja que cada nova geração goste do mesmo vinho produzido num ontem eterno. Assim, o que antes fora vinho novo, tendo sido condicionado por um odre de imutabilidade, pode hoje já não ser nada, além de vinagre. E o perigo é esse: beber vinagre como quem bebe vinho!

O Evangelho Imutável é o Vinho, e o resto tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande que a gente briga, mata e morre pelo Odre, mas são poucos os que estão interessados com a qualidade do Vinho.

Saibam todos: é por ter entregado a alma à "Institucionalização" e as instituições a gente sem alma que a "igreja" carrega as mazelas desse estado de ser. A lei, o orgulho, a vaidade, o mercado, a vanglória, a fama, o culto à imagem, o comportamentalismo, a superficialidade, o formalismo, os ciúmes, a picaretagem, a fixação no controle das pessoas, as jogadas políticas, a venda de votos, as negociatas e a grotesca hipocrisia tornaram os evangélicos insuportáveis até para os evangélicos mais sensíveis!

Portanto, algumas coisas precisam ficar claras:

  1. Não é a instituição que tem o poder de matar as coisas, mas sim o coração que se deixa fixar pela Instituição, fazendo da existência dela um fim em si mesmo — a Institucionalização da Fé! Basta, entretanto, um coração se sentir superior, alguém se sentir dono histórico da casa, sendo sempre um ser mais importante do que os que forem chegando depois, então tudo se perverte! Eu estou me referindo àquelas tentativas de ir fazendo pequenas leis que não são da Palavra, mas que vamos chamando de "sabedoria" no início. Depois muda: "É o nosso costume". Em seguida se torna: "É o nosso modo de ser". E, então, quando os que começaram já não estão, a gente diz: "Não era assim que se fazia" ou "não podemos mudar como era. Se mudar nós perderemos a nossa identidade".

  2. Se mantivermos a alma no Evangelho, com o software da graça e do amor rodando na mente o tempo todo, com a consciência simples, andando no Senhor Jesus, tratando uns aos outros como irmãos — sem se imporem, sem evocarem pedigree, sem dizer: "Eu cheguei aqui primeiro", sem ficar auditando uns aos outros, sem ficar fiscalizando uns aos outros, sem ficar impondo suas próprias decisões pessoais e particulares como sendo leis comunitárias para o outro —, então não há perigo algum!

  3. Não há perigo se o que está instituído é apenas uma referência histórica para o momento de hoje, não sendo o teto, nem a parede, nem o chão do movimento, mas apenas o tabernáculo da viagem, a tenda que se arma enquanto se caminha, e a Estação da jornada.

  4. Não há perigo se cada um de nós souber que o único poder de institucionalizar a coisa é aquele que procede de nós. Porque a instituição como mal e como finalidade só pode acontecer em gente. São as pessoas que projetam o que neles está instituído como algo que a instituição será, com a soma dos interesses e das divisões da média ponderada dos associados e dos interessados na manutenção desse ente. Mas o ente institucional, em si, não é nada. Ela, a Instituição, não acorda e diz: "Bom dia!" Ela não lhe dá boa noite. Se o seu pai morrer, a instituição não lhe diz: "Sinto muito, de todo coração". Se o seu filho nascer, ela não o aplaude. Agora, se o seu filho morrer e ela for solidária, não foi ela que foi solidária; é porque tem gente lá dentro que se solidarizou. E ela não existe, só existem pessoas. Portanto o grande mito a se acabar é essa coisa de que se tiver CNPJ, conta bancária, um nome ou logotipo, aí institucionalizou-se! Um logotipo não vira Instituição. Razão social não vira Instituição. Conta bancária não vira Instituição. Em nosso tempo, para que um encontro comunitário seja legalizado e auditável tem que ser institucional. Mas não há problema nisso, porque eu tenho CPF, RG, título de eleitor, atestado de reservista, certidão de casamento, passaporte e continuo não-institucionalizado. Eu sou "eu" todo dia.

Desse modo, digo: o Caminho da Graça é uma instituição pelo simples fato de milhares de pessoasseja pelo site, seja em razão dos encontros nas dezenas de grupos e Estaçõesafirmarem sua convergência de convicção nas mesmas coisas, confessando os mesmos objetivos no
Evangelho, e que estão, de modo relativo e secundário, expressos de forma atualizada nos conteúdos que publicamos.


Entretanto, o principal conteúdo do Caminho da Graça é sua disposição de existir em metanóia, no permanente encontro entre a Palavra e a Existência. Assim se espera que o processo de se converter ao novo não cesse jamais, conforme a revelação do Evangelho, o qual é Palavra viva, e se re-atualiza a cada nova realidade ou geração.

Saiba-se, contudo, só uma coisa a mais: eu já tomei atitudes deliberadas que puseram abaixo algo que era considerado "muito importante" para milhões; e isso porque eu senti que estava traindo o Chamado de minha existência como homem. Assim, por que achariam que eu tenho dificuldade em ver acabar qualquer coisa que eu tenha ajudado a construir?

Não! Não tenho nenhum compromisso com perdas, padrões de um dia ou com a manutenção do que um dia foi bom. O que é de Deus, sempre é Hoje!

Eu creio que tudo aquilo que vira um fim em si mesmo precisa ser destruído. Sim, qualquer coisa. Ou seja: no Caminho nada é erguido para ser um fim em si mesmo. Se assim for, bem-aventurado é todo aquele que o puser abaixo. Afinal, é assim, ou deveria ser assim, com todas as coisas debaixo do sol.


O Caminho da Graça para Todos

Para onde caminha o Caminho da Graça?

O vento sopra onde quer, não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim é todo o que é nascido do Espírito.



Essas palavras de Jesus parecem nos apavorar! E por quê? Porque ninguém quer ficar sem saber para onde vai! E ninguém quer, de fato, confiar a vida a Deus. Por que videntes e astrólogos têm tanta popularidade? Ora, é porque todo mundo quer saber o futuro, enquanto todo mundo tem medo do futuro! O justo, porém, viverá a cada dia apenas pela Fé!

A questão, no entanto, não é saber para onde se vai. A única coisa que interessa é a Quem estou seguindo. Ora, nesse caso, não se trata nem mesmo de buscar seguir algo visível, mas de se deixar levar pela leveza do intangível, sem medo, e com total confiança.

Hoje em dia ninguém mais quer seguir o Vento, se é que algum dia já se aceitou isto. Uma mente religiosamente estruturada acaba por tentar "sistematizar" o Vento, o Espírito e a Vida.

O interessante é que Jesus é o Caminho, e segui-lo é a própria certeza de "para onde se está indo", pois o alvo da jornada é Vida no Pai.

"Vós sabeis o caminho..." — disse Jesus. Eles responderam: "Como saber para onde vais, sem saber o caminho"? Todos conhecem a resposta: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém vem ao Pai senão por mim".

Ora, é aqui que mora a angústia da alma religiosa. Depois de milênios de treinamento para pensar no Caminho como Conduta, na Verdade como Doutrina e na Vida como Performance, quem ainda sabe intuir a simplicidade das palavras de Jesus?

E pior: depois de pensar no Caminho como um "projeto", na Verdade como um "sistema" e na Vida como um "modo de ser" conforme a religião, quem pode ainda entender o significado do chamado de Jesus?

E mais desgraçadamente ainda: depois de pensar no Caminho como o "Pacote da Salvação", na Verdade como a "Certeza dos Crentes", e na Vida como uma "Longínqua Eternidade", quem consegue ainda discernir a concreta subjetividade do chamado de Jesus Hoje?

E só para concluir: depois de anos confundindo o Caminho com uma "Estrada Institucional", a Verdade com a "Teologia" e a Vida com a "Disciplina da Igreja", quem ainda pode, apenas de leve, perceber o convite de Jesus para segui-Lo no Caminho, sendo levado pelo vento, seja andando em Verdade no ser e experimentando a Vida na vida?

Não! A gente quer um mapa, um sistema, uma estratégia, um planejamento de curto, médio e longo prazo. A gente quer saber como acontecerá: "Qual a estrutura que nos governará? Quais os sistemas que nos conduzirão? E quais os objetivos concretos a serem declarados? E que organização terá"?

Para mim, se discirno com alguma correção o Evangelho, o espírito é outro. Jesus nunca organizou muita coisa, a não ser chamar doze homens para estarem mais próximos Dele, reunir a multidão em grupos a fim de repartir o pão, e enviar alguns antes Dele a fim de fazerem preparativos específicos. No mais, nada mais!

"Não andeis ansiosos... quanto ao vosso ministério, pois a vida é mais que o ministério."
"Não vos preocupeis com o que haveis de falar, pois o Espírito vos concederá..."
"Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos..."

E lhes deu NADA como armadura, exceto a simplicidade do poder que vem da Graça.

Tudo que diz respeito ao Evangelho que surge com a pretensão de ser uma organização já nasce moribundo. A vitalidade do Evangelho está em se deixar conduzir pelo Espírito, conforme a verdade da vida e a vida na verdade.

Portanto, para mim, o melhor governo é o menor possível; o melhor modo é o mais simples; a melhor forma é aquela que serve à vida; e o melhor meio é aquele que vai sendo!

Eu creio que a sabedoria do Caminho é deixar que o vinho designe o odre e deixar que o pano determine a melhor veste para ele. E mais: é saber que o Vinho Novo sempre haverá de demandar, a cada momento ou geração, o odre apropriado; e que a Veste Nova haverá de ser combinada com o feitio que lhe for próprio.

Assim, as formas servem às essências, e não o contrário! Para andar no Caminho tem-se que desistir do modelo industrial, ou da montagem em série, ou da franquia, ou do modelo pré-fabricado, ou de toda fixidez de formas, com suas Constituições e Regimentos, sejam escritos ou subentendidos, visto que todas essas coisas só servem para agarrar-se às paredes do visível, para aplicar fórmulas de sucesso ministerial conforme o Mundo, para instituir hierarquias engessadas e para nos proteger uns dos outros.

E não haverá formas e governos eclesiais?

Ora, ninguém que viva no tempo e no espaço pode crer que as formas sejam evitáveis. Nossa dimensão precisa de forma: tempo e espaço produzem formas.

Porém, quem deu forma aos mares, às montanhas, aos rios, às florestas, aos desertos, aos vales e à vida?

Por que não se pode confiar que Aquele que fez isto em rocha, pedra, areia, poeira, vegetação e todas as demais coisas também pode dar forma ao que também é de Sua criação no coração humano, conforme a necessidade de cada geração?

No que depender de mim, o Caminho da Graça continuará a caminhar conforme a água. Alguém já viu a água ter algum problema com a forma? Não! A água se serve de todas as formas. As formas servem à água, não a água às formas!

O espírito da caminhada é a simplicidade. Há um só Pastor. Há um só Guia. Há um só Mestre. E a Ele, conforme os princípios do Evangelho, nós todos seguiremos. E orientadores e supervisores servem apenas para manter as formas a serviço da essência, sem nunca maculá-la!

Pois nossa segurança está na essência do Evangelho. Onde quer que esse espírito do Evangelho tenha prevalência, todas as boas formas lhe prestarão serviço, mas jamais se tornarão um fim em si mesmas. Serviu, serve; não serviu, então já não serve. E a única coisa que não serve mesmo é atrofiar a Palavra para que ela fique conforme a forma e a "forma".

Ora, se um dia tivermos presbíteros, saiba: eles não serão fiscais da vida e nem senhores da doutrina, mas gente da misericórdia e da paz. Se tivermos diáconos, saiba: eles não serão porteiros de reunião, mas pessoas que só serão servos se servos forem na vida. No entanto, muitas vezes, a melhor maneira de não matar a vida espontânea é não batizá-la de modo oficial.

Criar muitas e muitas formas de governo não é difícil. E há muitas roupas de grife se oferecendo como modelo para a vestimenta do pano novo. Mas é disso que fujo. No que nos diz respeito, o Espírito conduzirá as coisas conforme a pertinência. E nisto, também, o justo terá que se alegrar na aventura da fé.

A questão do Caminho como lugar é simples: por que a gente apenas não se reúne com alegria singela, não experimenta o amor que liberta, não goza o privilégio da simplicidade, não se alimenta da Palavra, e não volta à vida cheios das Boas Novas para contar ao mundo?

Por que a gente não faz do lugar só um lugar? Lugar onde se faz um pouso, uma estação de bom ânimo e revigoramento da fé e que abasteça a vida na troca e ministração dos dons?

Já somos, em muitos lugares, um "pouso" para quem pede. E quando digo "somos", apenas digo que os que se designam "do Caminho" são apenas discípulos de Jesus que se encontram em torno da mesma percepção do Evangelho.

Uma "Estação" do Caminho é uma paragem para os peregrinos. O Caminho não é na Estação; é na estrada, é na pluralidade da existência, é em meio a tudo e a todos, é nas portas do inferno.

A Estação é um pouso rápido, é um pernoite; ou, no mundo moderno, nem mesmo isso, posto que "estar na estação" — num metrô, por exemplo — é coisa tão rápida que a pessoa quase nem chega a "estar".

Não temos, todavia, a aflição das estações de metrô. Preferimos as Estações das estadas andantes, antigas ou primitivas, nas quais a Estação era apenas uma "ramagem" na beira da estrada. Ou apenas um lugar comum onde os peregrinos, os hebreus do caminho, se encontram.

Quanto ao senso de "grupo", no Caminho ele não existe como tentativa de separação do mundo. Existe apenas o senso de unidade na fé, em meio à pluralidade das muitas expressões humanas.

O fato é que a mentalidade da "igreja" sempre foi a de criar uma "sociedade paralela" com todas as formas de governo secular (e hoje empresarial) a fim de que alguns sejam os donos do processo, os controladores do povo, os governadores de Deus e os xerifes da santidade.

A "igreja" quer tirar as pessoas da vida e do mundo, criando um viveiro de doentes e arrogantes.

O Caminho do Evangelho, porém, não é assim! Não é! Nele, as pessoas não fogem do mundo e nem da vida. Nele não tem que haver governadores e nem príncipes. Nele, confia-se na Soberania de Jesus e na efetividade de Seu poder. Nele, cada pessoa é uma testemunha no mundo, não um militante de um partido eclesiástico. É dessa mentalidade que queremos estar longe!

E quanto ao futuro?

Ora, amigos de caminhada, se já não temo a morte, por que haverei de temer o futuro? O Senhor nos guiará se nós não tentarmos guiar o Senhor!

Aonde vai dar esse caminho? Já deu no Pai. E nos conduzirá a cada dia no caminho da pacificação!

Assim, sirvo a Deus Hoje, e não vivo a neurose de como será amanhã. Não sofro dessa ansiedade. Hoje, todavia, há milhares de filhos de Deus que andam dispersos. Quem está feliz onde está, deve ficar onde está. Apenas proponho que os que parecem não caber em lugar nenhum, ou os que amam a Jesus, mas justamente por isso não suportam a convivência religiosa — conforme ela se tornou —, que não se sintam "desviados", que não se tornem solitários e que se ajuntem, que se reúnam, que se encontrem, que se fortaleçam na fé, mutuamente; e, sobretudo, que ensinem o Evangelho uns aos outros. E que saiam para a vida, para toda ela, por todo o mundo, qualquer mundo, até os confins de qualquer fim de terra; e que, indo, preguem, testemunhem e façam discípulos de Jesus, ensinando a eles que o lugar onde se serve a Deus é no mundo, e que o lugar chamado Igreja é qualquer lugar onde dois ou três se reúnam em Seu nome, até numa "Estação do Caminho" ou em qualquer estação, com ou sem nome, desde que seja um lugar de refrigério, acolhimento amoroso e manifestação do Poder de Deus, em meio aos dons espirituais.

Mas há certas coisas que só são provadas se são provadas e se fazem provadas, ainda que para alguns pareçam improváveis. É bom, todavia, que se saiba que o Evangelho é apenas para gente que crê no impossível.

Por fim, pensem em Abraão, que saiu, e foi sem saber para onde ia. Daí Deus ter considerado que ele era um amigo. A grande recompensa da confiança é a amizade de Deus!

Se alguém ouvir e crer, e levantar-se para a Vida em nome de Jesus, esse é membro da Doce Revolução!


|O Caminho da Graça para Todos|

O Encontro no Caminho

Consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
Não deixemos de nos congregar, como é costume de alguns...
Aos Cristãos Hebreus 10:24-25


O que estou dizendo? Que nada valeu a pena? É claro que não! O que estou dizendo é que o mundo ainda não acabou, e que a cada nova geração os discípulos de Jesus têm, outra vez, a chance de viver o Evangelho assim, simples e puro, leve e livre, dissolvido em sabores sentidos, mas sem sede física de poder e sem qualquer mandão entre nós.

A história não acabou ainda e a luz do mundo pode brilhar no mundo, não como uma ação oficial da igreja, mas como fruto da bondade misericordiosa de cada discípulo que não queira ser um agente especial da igreja, mas apenas um filho do Amor de Deus solto nesta terra e irmanado com todos quantos puder caminhar para melhor ainda servir!

"E não nos reuniremos mais"? É a pergunta angustiada de alguns.

É claro que nos reuniremos sempre! Mas tais encontros não têm por objetivo centralizar as forças, organizar as ações de poder, coordenar a produção dos "frutos" e "divinizar" a visão e a pregação do "método", mas apenas renovar as alegrias da fé e da esperança, fortalecer o amor e devolver as pessoas à vida com a simplicidade do sal e da luz. Ou seja: com sabor e boas obras.

De minha parte, quero apenas ver os discípulos de Jesus crescendo em vida com Deus, em amizade clara e respeito uns para com os outros e em saúde relacional na vida. Gente descomplicada e desviciada de "igreja" e livre dos estilhaços das guerras fratricidas, e, assim, comprometidas com plantar sementes por onde for.

O "ajuntamento" a que chamamos igreja deve ser esse encontro, essa estação, esse lugar de bom ânimo, adoração e ensino. O ideal é que tais encontros gerem amizade, e que pela amizade as pessoas se ajudem; e não apenas em razão de um espírito maçônico-comunitário ou ainda porque se deu alguma contribuição financeira no lugar.

Não. A verdadeira igreja não tem sócios ou associados. Tem apenas gente que se reúne e ajuda a manter tudo aquilo que promove a Palavra na Terra. O que promove o Evangelho deve ser sustentado e mantido com propósito apaixonado, e o que não promove o Evangelho não deve receber nossa energia e atenção.

Portanto, não se trata de um movimento "sacerdotal", intimista e fechado, mas sim de um andar profético, contínuo e aberto, que tem nos alegrado muito, pois, dentre tudo, estamos também reaprendendo a chance de termos amizades não-pagãs entre nós.


Isso porque no meio cristão, em geral, existe a forma de amizade mais pagã possível. As amizades cristãs são pagãs! Como assim? Que forma de amizade é esta? É aquela que ama moralmente. Amar moralmente significa amar enquanto a pessoa se comporta "como a gente", e não necessariamente como GENTE. Se ela for diferente ou se tornar diferente, ou mesmo tiver um comportamento diferente, mesmo que tal coisa seja apenas na área particular e privada, nesse dia tal pessoa perderá todos os seus "amados", pois era amada apenas moralmente.
Para esses, o irmão é o igual e o próximo é aquele que é parecido com eles. Ora, Jesus mandou amar até o inimigo, quanto mais o diferente!

Além disso, Ele disse que amar os que nos amam e tratar bem os que nos tratam bem é apenas um comportamento pagão, posto que seja assim que qualquer pagão, minimamente, trata um ao outro.

Jesus considerou que deveríamos buscar amar e ser amigos do jeito do Pai Celeste, que é bom para com maus e bons, e derrama Graça sobre todos.

Acontece que entre os cristãos, em geral, não se alcança nem mesmo o nível pagão. A sociedade pagã é capaz de aceitar e defender o diferente, mas a igreja não é. E enquanto este "pequeno detalhe" for assim, os cristãos não terão o respeito da humanidade, posto que até os bárbaros os superem no trato de uns para com os outros
.

A meu ver, no dia em que prevalecer o modelo do Caminho, conforme Jesus no Evangelho, a vida vai arrebentar em flores e frutos entre nós e no mundo a nossa volta; e as pessoas serão sempre muito mais humanas e sadias.

Mas jamais antes desse dia! E nisto posso dizer que profetizo sobre a certeza das certezas, pois é conforme a Palavra de Jesus.

Porque, se continuar a prevalecer o modelo de "igreja" tal qual aqui tem sido denunciado, jamais se terá nada além do que se teve nesses últimos dois mil anos... Nada diferente disso!


E para isto... para esta coisa, não tenho mais nenhuma energia para doar. Mas para a vida como caminho ofereço meu coração mais jovem do que nunca!


|O Caminho da Graça para Todos|

Creio

Todos têm que voltar a ler a Palavra todos os dias.

Todos têm que meditar no Novo Testamento todos os dias.

Todos têm que orar não apenas enquanto se ora orando, mas, também, separando tempo simples e dedicado a isto.


Leia mais

Creio

[...] Creio que a fé, como fenômeno, tem poder em si mesmo.

Creio que o poder fenomenológico da fé pode ser imenso e fazer proezas, mas que não cura o coração e nem dá paz à alma.

Creio que a fé de Jesus é em Deus, e não fé na fé, embora para Ele a fé tivesse poder como mero fenômeno também.
[...]
Leia mais

Excessos...


[O Portal dos Invisíveis]

Ame e não se ocupe do pecado!

Perdão


Os pecados dos que erram amando são perdoados sempre; até porque ninguém que de fato ame usará o amor como pretexto para o pecado.
Leia mais

Você crê que Deus é amor?

Confiança

Não ter poder sobre nada e mesmo assim viver como se a pessoa pudesse alguma coisa; creia: é a maior perda de energia que se pode ter na vida; sem falar que é a maior de todas as neuras e paranóias que podem sobrevir à mente/alma/humana.

Leia mais

[Clique aqui!]

Ajude a manter este canal de divulgação da Palavra aberto e abençoando a todos!

Pense nisto...

[...] Jesus é a chave hermenêutica para a compreensão da Bíblia. E ao dizer isto, digo apenas que tendo a Encarnação—conforme revelada no Evangelho—como nossa baliza interpretativa, as questões de natureza hermenêutica se tornam pequenas e irrelevantes.

Heresia é ler qualquer texto da Escritura sem fazê-lo a partir da consciência da Encarnação. [...]


[O Portal dos Invisíveis]