Foi a frase que soou dentro de mim, imiscuída a lagrimas enquanto eu assistia ao vídeo Missão Maio do nosso projeto Pequeninos da Nigéria em razão de me aplicar a conhecer em detalhes sobre todo o processo da missão para preparação de um artigo que tentaremos apresentá-lo num Congresso de Ciências Sociais este ano.

As imagens dos gritos de alegria das crianças à recepção dos manos que foram em Maio gritaram dentro de mim de um modo diferente.

Ouvindo as falas do Leo e do Jojó, sobre implantar o projeto ondas com Educação Ambiental, fizeram “pipocar” dentro de mim que eu não preciso me angustiar em não poder ir, mas posso realizar tal missão dando um pouco/inteiro do que tenho.

E, eu creio que isto vale para quem tomou consciência de que o que temos lido visto e ouvido do que lá tem sido feito, é algo muito sério e trás um bem estupendo para saúde existencial daqueles pequeninos; dando-lhes perspectivas; incubando sonhos; parindo realizações mínimas de alegrias nunca experimentadas.

Eu nasci pobre. Sim, pobre de acordar e não ter o que comer. Eu não nasci com a pele negra, nem em um país com as circunstâncias da Nigéria; no entanto, sei o “mínimo” do significado de me alegrar em ganhar um brinquedo que só via na televisão (se é que lá tem); sei o que é a alegria de saber ser possível viver do meu jeito o prazer que até então só pertenciam aos arquétipos do imaginário infantil – como o surf, o futebol entre outras artes que geram inspirações nas crianças pela representação de algumas pessoas.

Enfim, sem delongas, pois não quero só escrever; nós temos uma trincheira: de um lado os fatos vividos na Nigéria (vide dossiê no site Caminho Nações); do outro lado nosso modus, jeito, inteiro, voluntário, prático (sem rodeios nem ponderações [graças a Deus estou ficando mais livre de frescuras]), sem trombetas de ajudar...

Afinal, a missão é uma decisão de onde você está também...

Fernando

Al Sakhra em Salvador/BA