A Estação do Caminho da Graça não pretende ser uma “carpoteca” – uma coleção de frutos produzidos e preservados para fins de observação -, onde o fruto está morto na essência de ser. Há apenas o observável!

Entre nós, a Graça tem sabor de vida, e assim, a vida ganha sabores, pois a Graça aduba a existência. Por isso, somos um lugar de intensa e verdadeira “frutuosidade”, que acontece da existência para a vida. Aqui, nos interessa aquilo que surge de modo natural, e que é apenas o resultado de se estar ligado à fonte vital – a seiva da Vida.

Fruto nenhum na estação que não é de fruto, é verdade. Deus ama a verdade! A ausência de fruto numa árvore que não está na estação da frutificação, não é uma anômalia; e, nem tampouco é uma declaração de infrutuosidade. Ao contrário: não dar fruto na estação que não é de fruto é o anuncio de que o fruto está em gestação. Nesse caso, não há fruto aparente, embora a árvore já o tenha, posto que está grávida dele. Assim, mesmo quando não há fruto visível, ainda assim sempre há fruto, pois o fruto pré-existe à sua manifestação visível. Todavia, quando se tenta dar aparência de frutuosidade, não havendo verdade - pois o fruto do ser é verdade e amor -, a própria tentativa de produzir o que não é verdade, já é em-si a maldição. Tal ser seca como aquela figueira secou! A verdade é verdade quando é estação de fruto e também quando não é estação de fruto; posto que a verdade é o que é.

Pense nisto!

Caminho da Graça