O Dossiê Cayman e minha condenação (30/11/2011) | Caio Fábio

DOSSIÊ DE 1998: A história conta sua própria história hoje


* O texto abaixo foi escrito em 2006

DOSSIÊ DE 1998: A HISTÓRIA CONTA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA HOJE

O material que segue é o resultado de textos escritos por mim aqui no site desde 2004, bem como de uma entrevista concedida por mim ao repórter Ricardo Muniz em 22 de março de 2006 — e que pode ser lida no site http://www.comtudo.com.br/materia.php?id=38

O mais foi apenas uma atualização feita por mim no dia de hoje, após ler os jornais do dia*.

Não há aqui nenhuma intenção além daquela que deseja que todas as informações espúrias e truncadas relacionadas à minha pessoa, concernentemente ao chamado Dossiê Cayman, sejam clarificadas pelos próprios fatos históricos hoje incontestáveis.

Com temor, tremor e oração,

Caio
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O caos no Niger Delta


CAOS NO NIGER DELTA

Apesar de escrever relatórios quase diários do que vem acontecendo aqui na Nigéria sempre tenho em mim um verdadeiro receio de dar muitos detalhes e mesmo assim não conseguir expressar a realidade e complexidade do problema.

Mas, hoje, requer um pouco mais de detalhes para que vocês sintam ou pelo menos percebam o que está acontecendo por aqui.

O desemprego na região é algo alarmante. Não se ouve estatística, mas em toda direção que vou vejo pessoas desesperadas por um trocado que seja para que possam comprar pelo menos um pão.

Policiais fortemente armados pelas estradas dobram o tempo de qualquer percurso com tantas paradas e tantas complicações que arranjam para pedir uma propina, e pasmem... eu vi uma propina de 200 Nairas (equivalente a R$2,00) deixar dois policiais extremamente satisfeitos. E não pensem que isso aqui vale muito, um cacho de bananas custa 250 Nairas.

Na última terça-feira, a caminho do orfanato James 1:27, vi um homem morto abandonado na beira da rua com seu corpo inteiramente queimado. O odor de carne queimada na rua me causava enjôo. Mais tarde vi quatro rapazes, talvez seus algozes, que riam enquanto o enterravam a dois metros adentro daquele terreno baldio.

Cheguei ao orfanato James 1:27 para rever as crianças e ver como vai a obra dos dois quartos que pagamos recentemente para serem acabados. É neste orfanato que mantemos a Esther que resgatamos na minha última vinda. Encontrei a maioria das 50 crianças subnutridas vivendo de uma pequena porção diária de farelo de mandioca com água ou às vezes um bocado de feijão. A pequenina Vitória de aproximadamente 4 anos nos implorou por um pedaço de pão. Todas as crianças lá estão sofrendo com uma espécie de sarna na pele e eles não acham a causa do problema.

Um convite à Doce Revolução... Vem e vê!


Metáforas



Leia o Salmo 102

Ele diz que sente que os dias dele estão se desvanecendo como se fossem fumaça, como o fumo se desvanece, que os ossos dele estavam ardendo como se fossem ossos postos em uma fornalha a ponto de ficarem abrasados, que ele se sentia ferido como a erva, aquela ervazinha que você quebra e ela vai secando e murchando na mesma hora, ele diz: – Ferido como a erva secou-se o meu coração, por isso ele até se esquecia de comer o pão, porque o coração dele perdeu todo o vigor e o apetecimento pelo existir, pelo viver. Os meus ossos já se apegam à pele por causa do meu dolorido gemer.

Sou como o pelicano, que é uma ave dos lugares úmidos, molhados, dos pântanos, das beiras dos rios e lagos, dos litorais. No entanto ele diz: sou como pelicano fora do habitat, no meio do deserto, eu estou sem casa para minha alma, eu estou sem habitat para meu interior, para o meu ser, eu estou deslocado na vida.

Sou como a coruja das ruínas, e aqui ele evoca a imagem da coruja, que de fato muitas vezes gosta de morar nos lugares solitários e nas ruínas, para designar a sua solidão. De um lado ele se diz totalmente inadequado como um pelicano no deserto, de um outro lado ele diz: eu me sinto como uma coruja solitária das ruínas, sem ninguém, a coruja dos lugares ermos, inabitáveis, assim é a minha solidão. Não durmo, não tenho sono, não prego os olhos, estou inquieto e sou como o passarinho solitário nos telhados. Ele observa aquela imagem de um passarinho sozinho num pôr-do-sol desacompanhado, sem bando, sem macho, sem fêmea, apenas aquela silhueta no telhado e ele diz: – Ali estou eu contemplando a vastidão na mais profunda solidão enquanto me sinto insultado, enquanto a vida inteira parece conspirar contra mim e ele também, no verso 11 diz: como a sombra que declina, assim são os meus dias e eu vou secando como a relva.

O barro e o Oleiro


Leia Jeremias 18. 1 -  6

Esse é um dos textos do velho testamento mais simbolicamente esperançosos que pode nos vir a mente e ao coração e ele é construído a partir de uma palavra de Deus que fazia com que Jeremias saísse da sua casa e fosse até a rua na certeza de que Deus iria falar com ele pela singeleza de algo que ele não sabia ainda o que seria, mas a palavra de Deus para Jeremias era esta – sai  de casa agora, vai visitar o oleiro, que está trabalhando com barro, fazendo vasos e Jeremias saiu e chegou lá e viu o oleiro, pedalando, no modo mais antigo de se fazer um vaso onde você tem um pedal embaixo, cordas que giram e em cima uma roda maior de madeira vai girando, há um pino aonde o oleiro joga o barro em volta e vai ajustando o barro em volta daquele pino, o barro tem que estar molhado, ele mistura, joga água frequentemente sobre o barro e diz Jeremias: ele estava entregue à sua obra, porque um bom oleiro para fazer um bom vaso ele precisa se misturar com a sua obra, se entregar à sua obra, não há nele possibilidade para distração, ele está ali entregue à sua obra  e o homem estava trabalhando, só que o vaso que ele está produzindo é tirado de um material sem forma, ele é barro, barro que precisa estar maleável, molhado, formatável, exposto a todos os vetores de força física, a gravidade, as interações da força que o oleiro põe  no próprio barro para ir formando alguma coisa, a estrutura, a densidade do material em si, de modo que todos esses fenômenos estão trabalhando juntos, enquanto o oleiro se entrega ao seu trabalho.

...viu-o e moveu-se de íntima compaixão



Quando Jesus ouviu a pergunta “quem é o meu próximo?” todos devem ter parado por um instante para ouvir sua resposta. A expectativa pairava no ar...

A quem devemos amar? De quem devemos ter compaixão? A quem devemos amparar e dar suporte? De que forma?

Imediatamente ele apresenta a parábola do Samaritano.

Estava ali, estabelecida pelo sumo Capelão, a Capelania no Caminho....

Sim, porque a jornada nos deixa expostos a salteadores de toda sorte. Eles podem estar na forma de um ladrão que ataca nossos bens ou numa síndrome pós-moderna que nos provoca pânico. Ou talvez estejam na forma de um casamento desfeito, num sentimento de inadequação e impotência, ou, quem sabe, no surto de quem se acha maior que os demais.

O fato é que os salteadores nos rondam no Caminho....e a parábola contada há dois mil anos tem que estar bem viva em nós hoje.