SOS Religar | Em breve...


Vem com a gente nessa rede de comunicAÇÃO...


No Twitter tudo é muito rápido, é uma comunicação que precisa ser muito direta. E eu pedi para ter este tempo aqui por uma razão básica: eu quero, de todo o coração, que neste ano de 2012 nós usemos todos os recursos que nos estejam disponíveis… na internet; não apenas a Vem&Vê TV, mas queremos entrar séria e pesadadamente em todas as redes sociais, em todas as formas de multiplicação e de expansão da palavra de Deus.

Esses são tempos muito especiais, tempos muito ambivalentes. E por que? Porque se de um lado há uma fartura extraordinária e perversa de promoção daquilo que não é Evangelho, sendo feito em nome do Evangelho, em nome de Jesus, em nome da igreja de Deus, e é a maioria esmagadora que vem fazendo isso por todos os meios e modos, de outro lado está havendo também, como nunca antes nas gerações que nos precederam, a oportunidade de que qualquer pessoa no Planeta tenha acesso aos conteúdos mais límpidos, mais claros, mais diretos, mais objetivos e mais simples do Evangelho.

Então, se de um lado, na TV aberta, nas reuniões em galpões, na ação marqueteira perversa, na venda de bênçãos, no culto a Mamon, na teologia da prosperidade, nas reuniões de cura divina obrigatória, onde se vende magia, feitiço e encanto em troca de dinheiro, nós vemos milhões acorrendo a isso, e milhões e milhões de reais e de dólares sendo reunidos cada vez mais para essas ações que são verdadeiras blasfêmias ao sentido do Evangelho de Jesus; de outro lado nós temos a chance, aqui na internet, que é baratinha e em alguns casos o uso é praticamente de graça, de expandirmos como nunca o conteúdo do Evangelho.

E uma coisa é interessante: esses grupos, que são verdadeiros crocodilos de boca enormemente aberta na TV aberta, nas rádios, nas mídias de comunicação de massa expressiva, reunindo milhares e milhões de dólares, eles não se dão bem aqui dentro da internet. Aqui na internet eles não conseguem ir a lugar nenhum. Aqui na internet o público é mais vivo, é mais perceptivo, é um pessoal que eles não conseguem levar na garganta. Assim, se existe de tudo na internet, do ponto de vista global, e todas as perversões que a mente humana possa conceber existem dentro desse ambiente virtual, também existem as grandes riquezas da humanidade disponíveis para pesquisa – os grandes processos de aculturamento estão cada dia mais disponíveis; e, também, os conteúdos do Evangelho estão podendo ser amplamente disponibilizados a um custo praticamente zerado, em alguns casos, e, em outros casos, a um custo mínimo, como acontece conosco na VVTV.

O fato é que o homem foi se tornando tão semelhante ao Diabo [...] que o Diabo foi se tornando semelhante ao homem



NÓS, O DIABO... E A PACIÊNCIA INEXPLICÁVEL DO AMOR DE DEUS!

Hoje, pela milésima vez, me perguntaram por que Deus não acaba logo com essa briga entre Ele e Satanás; posto que, disse o perguntante, ele [a pessoa] não tem nada a ver com essa questão entre Deus e o Diabo.

A questão reflete o que já disse dezenas de vezes antes, até mesmo aqui no www.caiofabio.net — inclusive no texto hoje abundantemente visto como vídeo na Vem e Vê TV e no You Tube; a saber: PERDOEM-ME O DESGOSTO! ...ESTÁ INSUPORTÁVEL! - VIDEO

Isto porque e ênfase “evangélico/pentecostal” no diabo como ente onipresente, onipotente e oniscientepois é assim que como criatura ele é tratado na prática — tem feito com que os crentes que vão se cansando da “igreja” passem a interpretar a questão em pauta desse modo [...]; ou seja: como uma briga multi-cósmica entre o Deus do Bem e o Deus do Mal; fato equivocado este, que, em tais pessoas tão ignorantes quanto cansadas, gera este tipo de questão.

E mais: essa ênfase, por tal equivoco, cria a ideia de que o Deus que a Escritura diz que é Amor, tenha inimigos ao modo humano de inimizar-se; o que O torna apenas um Diabo menos endiabrado um pouco...; posto que onde haja inimizade, segundo o Deus que é Amor nos ensina em Sua Palavra, aí há Diabo; [...] não havendo, portanto, espaço na natureza de Deus para o ódio; visto que ódio é treva, segundo João; e em Deus não há treva nenhuma.

A questão, todavia, implica em uma redução de Deus ao nível diabólico da pior das criaturas, visto que Satanás [...] seja ele quem for e como for [...], é apenas mais uma criatura livre, feita por Deus sem diabrices, mas que, à semelhança dos humanos, pela via do livre arbítrio, decidiu tornar-se quem se tornou...

O Diabo [diabo] é inimigo de Deus; Deus, porém, não é inimigo do Diabo ou de diabos; assim como o homem se tornou inimigo de Deus pelas suas escolhas, sendo chamado por Paulo pela designação de “inimigo de Deus” e de “filho da ira”, embora jamais se diga que Deus seja inimigo do homem [...] ou de qualquer de Suas demais criaturas.

De Dakar...


Do cérebro aos intestinos do Drama das Crianças-Escravas



Do cérebro aos intestinos do Drama das Crianças-Escravas

Gente amada, consciente de um novo tempo de Conquistas no Evangelho, olá.

Estamos tão exaustos e saudosos que falta energia para escrever as coisas que têm acontecido aqui no Campo dia após dia.

É loucura... A gente vai do Ministério da Criança até a favela-Dhara; e depois da coletiva de imprensa com a mídia vamos direto para um jogo beneficente que armei aqui; depois a gente segue para o encontro com o Ministro do Presidente e de lá para a audiência com a Embaixadora Brasileira. Estamos armando uma GRANDE TEIA DE SOLIDARIEDADE para a melhor solução que nos for possível. Não somos messiânicos. Mas faremos nossa parte, oferecendo o que for melhor. Prometemos NOSSO SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS MESMO!!!

Mas é tudo muito cansativo. As vezes fisicamente (principalmente pra mim, sedentário convicto), e as vezes, mentalmente, pensando o tempo todo o que falar a cada instante. Mas, como prometido, ELE nos tem dado a PALAVRA! Espero que as fotos abaixo falem por si... Há comentários em cada uma. Por favor, espalhem, compartilhem, contribuam.

Já não tenho outro objetivo imediato do que voltar para Casa...

Não vamos escrever até retornar...

Missão Cumprida,

Marcelo Quintela, com Edmilson Neto, grato a cada um, e cheio de saudade e doce tristeza.

Da multidão dos que creram... era um o coração e a alma!


Acesse o site (clique no banner acima) para mais informações. 

Fala do Caio para o Senegal...

Obrigado a cada um pelos esforços realizados nos últimos dias a partir do Brasil




DE DAKAR, APÓS COLETIVA DE IMPRENSA - Marcelo Quintela
Dakar, Senegal – 21 de Janeiro de 2012

Gente querida, amigos todos, alguns de profunda intimidade e relacionamento informal: Paz a todos.

Obrigado a cada um pelos esforços realizados nos últimos dias a partir do Brasil.

Hoje, sábado, deu tudo muito certo! Vários canais de TV, rádio e jornais se apresentaram para a coletiva de imprensa em nosso escritório em Dakar.

E nós falamos abertamente sobre nossa história, nossa esperança, nossas motivações e nossos planos. Fizeram muitas perguntas. Todas relacionadas à dificuldade de salvar crianças escravizadas pelo próprio Islamismo que domina completamente a Nação (98% da população é muçulmana aqui). Os próprios líderes muçulmanos sinceros e amorosos estão desesperados porque não sabem mais o que fazer para resolver isso sem afetar as crenças do povo...

Agora, seja o que Deus quiser... Um milhão de crianças-escravas dentro das escolas de Alcorão é coisa pra ficar preocupado mesmo. Elas não estudam, não sabem ler, escrever e só vivem para mendigar, apanhar e encher os bolsos dos falsos-pastores do Islã! Quero que se danem esses caras mesmo, e fiquem sem crianças para explorar. Hoje apresentamos o projeto de resgate de 500 meninos... Vamos em frente!

Obrigado mesmo a cada um que contribuiu ou ainda o fará. Tem um monte de gente que me escreve pedindo alguma forma de doar, mas, pessoal, tá tudo espalhado pra todo lado na net acerca da forma de doar. Em cada e-mail há um link para depósito em conta por várias vias... Quem quer ajudar, por favor, não desista de fazê-lo por dificuldades de encontrar o hiperlink para a conta.

·         Outra forma de ajudar é comprar o livro da Expedição à Nigéria, um álbum fotográfico e antropológico muito sério: acesse aqui para fazer seu pedido.
·         Informações gerais sobre o dia-a-dia aqui no Campo, bem como muitas fotos, estão na página do Caminho-Consciênciano Facebook. Entrem lá e passem a “curtir” tudo. E no Blog do Caminho você também pode acompanhar tudo...

Obrigado à minha equipe no Brasil. Ao Chico – o multi-homem, ao Valmir, ao Daniel, à Thalita, à Dora, à Sara, ao Marcus Vinicius, ao Tato, à Ana Cássia, ao Leo Albuquerque e Vanessa, ao Carlão, à Rejane minha mulher preferida...rsrs (que aniversariou ontem)... e a tantos e tantos outros que eu tenho incomodado todo o tempo para que me dêem o suporte necessário para as incursões nesse Campo, a mim e ao Ed... Hoje e amanhã não vamos brigar, ok?

Vocês conseguiram! Vocês foram quase mágicos! Merci...

Obrigado à minha equipe de colegas-professores que estão me cobrindo nas Universidades, dando as aulas de pós-graduação que eu daria, para que eu pudesse estar aqui esse mês. Aceito essa boa vontade como a doação de cada um às crianças talibés! Falo do mesmo modo em relação aos meus colegas-amigos que trabalham no meu consultório, junto com nossas secretárias-guerreiras Tânia e Cláudia. Sei que estou falindo e vocês não querem me falar... Mas agradeço por adiar esse processo até que eu chegue...rsrs

Obrigado aos tradutores do Caminho que tomaram para si um desafio muito maior: O Francês (Quem inventou essa língua, meu Deus???). A falta de tempo têm nos atrapalhado em relação a esse nobre idioma. Tudo que temos recebido acaba tendo que passar por muitas revisões aqui, e eles ficam rindo da nossa cara... Mas tá tudo bem! A gente tá rindo também... Muita alegria no coração pelo sucesso da coletiva de hoje. Em anexo, meu discurso que foi traduzido para o francês e disponibilizado para a mídia aqui...

Obrigado ao Caio, pelo confiança e trabalho no abrir de portas para nossa passagem... Hoje todos o ouviram aqui, por vídeo-projeção... Deu tudo certo!

Descansaremos até o fim do dia pela primeira vez aqui. À noite, tem Senegal x Líbia na Copa da África. Sou senegalês desde pequenininho... E a Líbia já ganhou seu macabro presente ano passado...

Quanto a mim e ao Ed, saibam...: as vezes dói, as vezes cansa, as vezes dá raiva... Mas, acreditem, estamos nos divertindo... É um prazer masoquista desgraçado esse nosso...kkkk

Ainda temos muitos compromissos antes de embarcar de volta para o Brasil dia 25.

Portanto, parceiros, não relaxem...rs... Já já peço mais coisas em nome do Amor... Hoje o Daniel fez esse vídeo e eu só consegui baixá-lo um minuto antes de apresentá-lo na coletiva: sufoco! Mas eles queria conhecer nossa expertise em África e com essa canção, STAND BY ME, em francês, o Daniel colocou nosso “currículo” em fotos. Foi genial!!!



Com amor e muita saudade da minha terra, minha casa, minha família e amigos,

Marcelo Quintela
Dakar - Senegal

Stand by me

Quando a noite chegar
E a terra ficar escura
E o luar for a única Luz que se vê

Não, não vou ter medo
Enquanto você estiver Comigo
E querida, Fique comigo, fique comigo

Se o céu que contemplamos
Despencar e cair
E a montanha Se desmoronar no mar

Não vou chorar, não vou chorar
Não, não vou derramar uma lágrima
Enquanto você estiver comigo
E querida, Fique comigo, fique agora
Fique comigo

--

Faz milênios que o mundo não assiste ao que possa ser a verdadeira revolução da Igreja



ESTA É A MINHA IGREJA. VOCÊ QUER SER PARTE DELA?

Quando Jesus disse que o “reino de Deus” ou o “reino dos céus” seria semelhante a [...] uma semente pequena que cresceria; ou como um fermento imperceptivelmente penetrante; ou como um tesouro escondido no campo; ou como uma pérola de grande valor, porém não disponível aos sentidos de todos; ou como uma candeia que iluminaria a todos os que estivessem na casa; ou ainda como o sal da terra — Ele apresentava, também, ao assim dizer, o paradigma do que a Igreja [a Dele] deveria ser como expressão visível do reino de Deus na comunidade humana.

Desse modo, as ênfases de Jesus são aquelas ligadas ao pequeno que cresce naturalmente a fim de acolher... [semente/árvore]; ao que tem como poder a pervasividade discreta [fermento]; a um valor indizível e que é conhecido apenas por quem o venha a conhecer em seu real significado [a pérola]; a uma riqueza escondida dos olhos de todos, e que não é objeto de propaganda [o tesouro oculto]; a uma luz para os da casa [a candeia; que ilumina a muitos se aumentarem as casas com sua luz no interior]; e à qualidade de gosto da presença dos discípulos, com poder de dar gosto divino onde estejam [o sal da terra].

Ora, em nenhuma dessas coisas a ênfase está na grandeza, na publicidade, na promoção ou na propaganda!

Ao contrário, a ênfase está na naturalidade do crescer, na pervasividade e na penetração decorrente de ser, no significado intrínseco da coisa em si, na sobriedade oculta de tal poder, que fascina por não ser massificado; na iluminação de grupos pequenos, como numa casa, e que altera primeiro os de dentro, e, aumentando o número de casas/povo iluminados, se faz visível ao mundo; e, sobretudo, a ênfase recai na qualidade essencial da natureza existencial dos discípulos, os quais, à semelhança do sal, podem dar sabor à vida dos que os cerquem, pelo fato de que eles têm tal gosto/sabor/qualidade em si mesmos.

Agora, compare isto com os modelos de “igreja”. Sim; com a ênfase na propaganda, no mercado, nos nichos, na promoção, no show da fé, na massificação sem rosto, no crescimento quantitativo, na artificialidade dos modelos de crescimento piramidal; ou ainda: compare com a venda do “Evangelho” como produto de salvação; sempre para fora; sempre para o mercado; sempre segundo a Coca-Cola, ou a Pepsi, e nunca segundo Jesus; o Qual, entre nós, fazia tudo com discrição, sem o afã das promoções; e que mais que frequentemente, pedia que Dele não se fizesse propaganda, ou que se O expusesse à publicidade; posto que Seu modus operandi cumprisse a profecia que dizia: “Nas praças [Ele] não fará ouvir a Sua voz!

O que isto significa? Que não se pode fazer propaganda de Jesus?

Sim; significa isto mesmo!

O Jesus propaganda é o Jesus do Mercado; é o Jesus do Bazar; é o Jesus da Venda; é o Jesus do Mundo!

Na realidade se diz que “a fama de Jesus corria por toda parte” e que “as multidões vinham ouvi-Lo de todos os lugares”.

Todavia, isso acontecia porque acontecia; porque era verdade; porque não se consegue esconder a luz; porque se o sal for jogado na terra nota-se a diferença pelo sabor; porque se a semente virar árvore as aves dos céus a encontram com naturalidade; porque o achar da “pérola de grande valor” faz aquele que a acha sair alegre com tal descoberta; porque o “tesouro escondido no campo”, uma vez que nele se tropece, faz o achador vender tudo e comprar o campo, a qualquer custo ou preço, tornando qualquer esforço apenas um ganho, uma alegria!...

O caminho é mais do que um lugar





CAMINHO DA GRAÇA
Jorge Camargo e Gladir Cabral 

O caminho é mais do que um lugar
É provar de um mistério
É vontade louca de abraçar
De encontrar sem horário

Ter aberto o próprio coração
A primeira porteira
Entoar os versos da canção
Muito além da fronteira

É provar o calor dos desertos
É beber o sereno das noites
Os temores de tempos incertos
É cair, levantar,
Aprender, retomar

O caminho é mais do que um lugar
Caminhar é preciso
Mesmo quando tudo faz chorar
Ensaiar um sorriso

Contemplar a beleza de estrelas
Partilhar a doçura de amá-las
Celebrar toda graça de vê-las
Desfrutar, padecer,
Relembrar, esquecer

Fabricando esperanças, construindo vidas...




FABRICANDO ESPERANÇAS, CONSTRUINDO VIDAS...


Nas ruas de Dakar o dia todo...
O serviço de internet é bom. Falta tempo mesmo, e no fim do dia, é disposição que não temos. Mas sinto alegria de compartilhar algumas novidades do campo: 

Vamos trazer tecnologia brasileira para levantar de modo rápido, econômico e sustentável paredes e tetos para as escolas daqui (Sim, é isso mesmo. O professor dá aula debaixo do arbusto e as crianças ficam ao sol nas escolas mais periféricas da capital e em todo interior do país).

Nessa foto estamos no escritório do Diretor da Universidade de Dakar, no departamento de Engenharia Civil, propondo uma parceria com a Universidade Federal do Amazonas - AFAM, para que estudantes brasileiros venham ao Senegal nos ajudar a levantar a estrutura do nosso orfanato e realizar oficinas com os jovens resgatados para que eles próprios construam seus abrigos no espaço que o governo (muçulmano!) vai nos dar. 

Créditos para o Caminhante Prof. Dr. Marcus Paiva, professor em Manaus, e insistiu muito que nos encontrássemos num aeroporto da vida e me entregou o projeto que eu apresentei hoje (Eu não fazia a menor ideia do que eu estava falando quando mostrei as vantagens técnicas da nossa engenharia). Mas, por vias das dúvidas, o Diretor senegalês será enviado ao Brasil o quanto antes. 

Ao meu lado na foto está o Dr. Joseph, nosso advogado do Caminho Senegal, tendo ao fundo a nossa secretaria Anna (O Ed que contratou. É a secretaria ideal: anota tudo e não fala nada! Ainda não ouvi a voz dela. Ela trabalha telepaticamente, eu acho... rs). Tanto o advogado quanto a secretaria foram contratados com o dinheiro de VOCÊS. Sim, $ de gente querida, a maioria desconhecida, que embarcou com a gente para cá, em oração e contribuição, a fim de que agora, aqui, eu esteja perplexo diante do fato a se constituir: cristãos brasileiros vão construir um orfanato-escola com o apoio do governo muçulmano, dentro do qual vamos devolver a vida para centenas de crianças-talibés, escravas dos líderes muçulmanos locais, os marabuts!
 
Não tem lógica nenhuma isso!

Não é para entender.
É só para crer!
Morrer ou Viver já nem importa!
A vitória está sendo arrancada dos dentes da derrota!
Porque para Deus nada é impossível!


Marcelo QuintelaDakar | Senegal



Os desigrejados estão se entregando ao cinismo em relação a tudo...


AOS DESIGREJADOS E AOS QUE NÃO SOFREM DE AMINÉSIA!...

O fenômeno que hoje assusta as lideranças religiosas — embora elas não digam nada sobre o assunto, e, ao contrário, celebrem sucessos... —, é o do crescente grupo dos desigrejados; ou seja: dos que foram gente da “igreja”, mas que, agora, não conseguem nem mais passar na rua da “igreja/prédio”...

Ora, esse fenômeno é novo em tese, embora faça 25 anos que eu diga que já começava a ser assim naquele tempo; não nos volumes de evasão massiva da atualidade. Todavia, tenho vários livros escritos que afirmam o que acabei de dizer, e inúmeros artigos meus, do passado, os quais denunciavam o que inevitavelmente aconteceria.

Os frequentadores dos Congressos da Vinde do meio da década de 80 em diante [...] me ouviram dizer isto inúmeras vezes. E os livros que publiquei na época são o testemunho escrito de que eu dizia isto então; e não apenas hoje, em razão das Estatísticas do IBGE.

Porém, no meio religioso, as coisas somente são dadas como fato quando não há mais como negá-las!...

Naquele tempo, todavia, quando eu me sentia ainda parte do movimento “evangélico” e fazia tudo para mostrar ao mundo que ele não era tão feio e abjeto como de fato já era [...]; minha consciência me mandava gritar para “dentro da igreja” — e eu era ouvido aos milhões, só não era crido no que dizia, pois, então, não era conveniente para os líderes que se ajuntavam aos milhares para me ouvirem, crerem no que eu dizia... — que aqueles novos “movimentos”; a saber: os movimentos de “crescimento de igreja”, da “Teologia da Prosperidade”, da “Barganha Financeira com Deus”; e também o movimento de “Comercio de Música Gospel”, de “testemunhos circenses”, de “Quedas no Espírito”; e, sobretudo, acerca dos movimentos Neopentecostais que tiveram na IURD seu berço nacional, mas que se expandiu por quase todas as “igrejas”, exceto algumas “históricas”... Sim, que aqueles movimentos acabariam com o que restava de Igreja na “igreja”.

Era óbvio que os mais pensantes e sensíveis não suportariam aquele surto muito tempo. Cansariam e não aguentariam para sempre aquela histeria...

A riqueza do Brasil é a tragédia Global!


O BRASIL DA COPA, DO COPO E DA MESMA COISA!...

O Brasil rico é uma tristeza. Sim, porque um Brasil pobre e pobre era até justificável em suas burrices e procrastinações. Em tal caso, até a corrupção era menos agressiva, visto poder ser encarada como ato de desespero de oportunistas ou emergentes ao poder. Porém, o Brasil das estatísticas econômicas globais é um acinte ao que se tem e pode e não se faz.

Então se diz: “Mas é que ainda é cedo para aparecer o resultado!”

Todavia, o resultado em gastos de turistas no exterior, do consumo interno e externo, do aumento da corrupção, e o do espirito “emergente” foi instantâneo...

É o mesmo Brasil que temos; só que com a ufania de ter dinheiro no cofre e pra gastar. E gastar mal; ou ainda: gastar pior do que se poderia imaginar.

São ações de grandeza de um ex-mendigo que ganhou na Loteria. São gastos perdulários e sem critério. São bilhões para a Copa e as Olimpíadas enquanto as obras de infraestrutura arrastam-se na burocracia e na mesmice dos vícios dos oportunismos da corrupção. Essa já é uma Copa perdida antes do time entrar em campo...

Bombeiro do Caminho no Senegal: “O que eu estou fazendo aqui?”


Gente boa de todos os lados!

Estou no Senegal – África, desde o dia 04 de Janeiro, depois de viajar para chegar aqui 24 horas de avião com uma ponte aérea na África do Sul.
 Agora, imagine você, eu nunca havia saído do Brasil. Eu não sou um homem inexperiente, mas era um doméstico e, a cada hora da minha viagem, uma enormidade de coisas passavam pela minha cabeça e houve momentos em que eu me perguntava "o que eu estou fazendo aqui?", indo para um país cuja língua eu não falo e para ajudar gente que eu não conheço.

O que eu estou fazendo aqui? − Essa pergunta sempre me veio quando, nas enchentes no Brasil, eu via as pessoas/vítimas  ilhadas e eu e meus companheiros atravessávamos, ancorados a uma corda, a correnteza para o outro lado acalmando as vítimas e dizendo Gente, é o Corpo de Bombeiros, nós vamos tirar vocês daqui em segurança!  E aí montávamos um monte de parafernálias nas quais acreditávamos e conhecíamos e tirávamos todos de lá em segurança; mas, quando me voltava para a correnteza barulhenta e violenta que se formara pelas águas, muitas vezes arrastando tudo pela frente, eu me perguntava no coração "o que eu estou fazendo aqui?

No entanto, de tudo que me mobiliza ou me mobilizou não há nada mais poderoso em mim do que um sentimento chamado GRATIDÃO.

Foi a expressão do Joseph, meu anfitrião Togolês, radicado aqui no Senegal, homem bom e piedoso.  Outro dia, pela manhã, ele me olhou depois de arrazoarmos sobre ajudar e não ajudar e disse: as pessoas não entendem porque eu ajudo tanto, porque não me canso e não reclamo das dificuldades que aparecem, eles não sabem do onde eu vim e como meu coração é grato, muito grato pelo que me foi concedido!−, falou em tom forte e decido. 

O Joseph saiu fugido do Togo, outro país africano, depois de ter seu pai morto por motivações políticas no seu país. Fugiu para não ser morto também, foi para o porto da cidade e entrou na primeira embarcação que viu. Foi achado aqui no Senegal por um taxista que o levou para sua casa em um ambiente muçulmano. E foi ali sozinho e longe dos seus, lendo livros em uma praça que alguém o apresentou a Cristo.

É dele a expressão eles não sabem o quanto eu sou grato pelo que recebi. Quando ele me falou isso foi que me lembrei das minhas mesmas motivações, nem precisaríamos ter vivido tudo que vivemos, mas só o fato de vivermos − e vivermos hoje, nesse dia e aqui −, já é um presente sem fim. Viver é uma grande dádiva e isso nos movimenta.  Gratidão por tudo e pela vida.

 Essa é a tônica e esse é o sentimento que me invade hoje.

 O sentimento de gratidão me mobiliza a ajudar e, às vezes, em condições adversas.

Esses últimos dias não paramos. Apesar da pobreza, Dakar é uma metrópole africana com todas as conjunturas de uma metrópole européia ou americana. Estamos nos organizando para empreender um protótipo daquilo que queremos fazer com 500 crianças talibés e de rua. Tudo vai começar com um escritório básico onde receberemos parceiros e as organizações, bem assim o governo federal do Senegal para as tratativas pertinentes.

Como disse, o que nos move a tanto é a gratidão de poder dar aquilo que um dia nos deram de graça.

Venha conosco, se você puder e quiser, pois iremos à frente e a nossa maior motivação é ver os rostinhos alegres de pequeninos que poderemos ajudar por aqui.

A nossa maior motivação é a gratidão e sua participação conosco pode multiplicar isso mais rapidamente.

É sempre loucura, mas é gratidão.

Grato por participar desse momento.

Edmilson Neto | Caminho Senegal


Projeto Chamin Du Futur


Caminho do Futuro | Projeto no Senegal




Antes que Abraão existisse, Eu Sou!


O CRISTO ANTES DO JESUS HISTÓRICO!

Quando Jesus disse: “Abraão viu os meus dias e regozijou-se” — o que imediatamente se pensa é em uma visão de natureza profética, completamente subjetiva, dada a Abraão.

Já quando Jesus diz: “Antes que Abraão existisse, eu sou” — se imagina apenas a afirmação da pré-existência divina de Jesus em relação a Abraão.

Ficamos, todavia, em razão das amarras teológicas sem mística e sem a simplicidade apresentada na Bíblia, impossibilitados de simplesmente aceitarmos o que sobejamente se diz nas Escrituras; ou seja: que nelas não apenas há o que a respeito de Jesus constava como profecia, mas, também, como manifestação do Cristo anterior ao Jesus da História; o qual, fartamente, se manifestou aos homens; e que, no ambiente das Escrituras bíblicas do chamado Velho Testamento, faz inúmeras inserções soberanas de Si mesmo antes da Encarnação de Deus em Jesus.

Todas as vezes que aparece o Anjo do Senhor — esse ente Santo, supra-angelical, que evoca para Si mesmo prerrogativas divinas e que aceita adoração humana —, se está falando do Cristo antes de Jesus

Ora, esse Anjo do Senhor pervade as paginas das narrativas bíblicas sem pudor ou salvo resguardo algum. Na existência histórica de Abraão, por exemplo, Ele aparece sem pedir salvo conduto. Simplesmente chega, é visto, é adorado, é tratado como Deus; e como Deus/Senhor fala sem qualquer reserva.

No restante da história de Israel o mesmo acontece em diversas ocasiões, embora não seja meu objetivo discorrer sobre tais ocasiões aqui. O que me interessa, no entanto, é esse Cristo antes de Jesus na História humana.

A Teologia mais crente vai bem até aí em relação ao que estou afirmando, mas impõe limites; e, os tais limites são o pacto de Deus com Israel; ou seja: Cristo teria se manifestado antes de Jesus, mas apenas na História de Israel; sendo Israel, portanto, uma fronteira para Deus em Cristo antes de Jesus.

Que desgraçadamente linda e patética é a existência humana!



EU SOU SIM E SOU NÃO; ASSIM E NÃO EU SOU NÃO SOU!...

Coisa muita estranha é esta de ser um homem divinamente caído e caidamente divino!

Sim, de carregar o finito e o infinito; de ser mortal e eterno; de ser animal mamífero e um deus filho de Deus; de ser livre para escolher e condicionado a tantas determinações que turvam a escolha; de ter arbítrio e também de reagir à revelia do arbítrio; de ser santo na mesma natureza pecadora e caída; de estar preso ao tempo/espaço e já poder transcendê-lo até pelo pensar, pelo imaginar e pelo crer; de contar dias sabendo da eternidade; de ter apegos mortais enquanto se celebra o eterno; de sentir separações que sabemos não separam; de temer amar quando a vida que é [...], é apenas amor; de adiar a morte quando é justamente ela que nos livra dela própria; de temer a libertação daquilo que de fato liberta; de amedrontar-se do que não pode matar; de esperar frustrado o que já se sabe que é; de relutar em ter fé Naquele que teve fé em nós por nos ter feito de nada além do Seu próprio desejo; de andar nas calçadas de poeira esquecido do Caminho; de buscar fora [...] a Verdade que existe apenas dentro; de almejar a Vida como se ela não nos habitasse; de invocar Deus acima e não no interior; de separar os semelhantes sem enxergar a obviedade da nossa mesma semelhança; de nos impressionarmos ainda com tudo o que não passa de miragem; de atribuirmos direito duradouro ao que se desvanece; de sairmos para lutas que estão já acabadas; de nos abalarmos com aquilo que já carrega o signo da falência; de confessarmos com gritos o que na vida não cremos; de pregarmos em alaridos e não desejarmos viver nem mesmo em silêncio; de pensarmos e não concluirmos que quase nada cabe no pensamento; de habitarmos o finito do tempo/espaço e não nos darmos conta de que até em seus limites nada vemos; de aceitarmos estatísticas e tergiversarmos ante a sabedoria; de nos culparmos do que não provocamos; de não culparmo-nos pelo que fizemos; de justificarmo-nos do que não requer nada além de consciência e mudança; de aceitarmos que um conjunto de arrazoados tenha o suposto poder de salvar a uns e condenar a outros; de confessarmos a inalcançabilidade de Deus e Lhe defendermos os templos; de carregarmos em nós o pode do louvor e imaginarmos que ele não acontece se não cantarmos; etc... — enfim, de sabendo tudo isto acerca de nós mesmos, vivermos como se nada disso fosse o que de fato é!

Assim, não me é possível deixar de pensar que a maior tragédia humana é o medo de crer, de ver, de saber, de aceitar os limites e de acolher os não limites; de ser tão maravilhosamente divino em sua origem, e tão desgraçadamente mamífero e animal em suas escolhas; de ser sobejamente elevado e, ao mesmo tempo, tão aferrado ao que é mesquinho; de ser tão para além das estrelas enquanto briga com tanta avidez pelos espaços feitos de pó!

Ah! Que desgraçadamente linda e patética é a existência humana!

E que grande amor é esse que assim me ama?

Por isto, também digo:

Deus é amor porque sei que eu assim sou [...], tão aquém de todo amor!

Sou [...], logo sou; e não sou a origem do ser que sou; sou sem poder ser; sou porque sou aceito em meu ser; por isto sendo quem e como sou, sei que Quem me fez só pode ser Absoluto Amor!

E que grande loucura é esta, a de Deus, que decidiu nos chamar Seus filhos?

Ora, sendo nós assim, tão sem nada definidamente assim, como seríamos objeto de qualquer coisa que não absolutamente e apenas o Sim da Graça?


Nele, que é Sim Assim Somente Sempre Amor,


Caio
9 de janeiro de 2012
Copacabana
RJ

Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou...


A PAZ IGNORADA OU DESCONHECIDA!

O Evangelho nos faz promessas que para a maioria parecem ser apenas poesia existencial, especialmente em tempos de tanta inquietação, angustia, pânico, medo, carências, frustrações, ansiedades, frenesi de alma, medo de solidão, angustia de silencio, crises existenciais, conflitos de identidade sexual, vazio de significado, culpa neurótica, paranoia, desequilíbrio mental e emocional; esburacamento afetivo, superficialidade de sentimentos, fraqueza de decisões, obrigatoriedade de ceder a tentações, dúvidas constantes sobre a fé, confusão acerca do significado de Jesus e do Evangelho —; enfim, tempos de tanto anti-evangelho instalado na alma e na existência; e por cuja Era de Morte afirmações como as que fez Paulo acerca da “paz de Cristo que excede a todo entendimento”, ou da “paz de Deus em nossas mentes e corações”, ou mesmo da “paz de Cristo como o arbitro nos nossos corações”, parecem ser totalmente poéticas, irreais e inalcançáveis.

Isto porque a paz que excede ao entendimento se tornou algo que precisa ser o resultado de tudo o que se entenda em nosso favor e como conforto pessoal; e nunca algo que possa existir para além do entendimento e das lógicas do conforto caprichoso.

a paz de Deus em nossas mentes e corações é algo aceito como harmonia de todos os nossos desejos e circunstancias, sem contratempos, doenças, dores ou mínimos desconfortos ou dissabores.

E a paz de Cristo como arbitro nos nossos corações tem que ser o conluio de Deus com todas as nossas vontades, apelos, venetas e delírios; do contrário, que paz pode haver?

Sim, nesses dias de angustias supremas e desejos soberanos, paz é algo que não importa, desde que estejamos angustiadamente de posse de tudo o que loucamente sonhamos!

Não há mais testes, mas você pode tornar isso mais facil...


NÃO HÁ MAIS TESTES, MAS VOCÊ PODE TORNAR ISSO MAIS FÁCIL...

No Senegal, existe uma rede de gente que crê e  essas pessoas são uma confraria que se comunica rapidamente. Nossa chegada foi anunciada e teve gente que veio à casa onde estou para conferir in loco o que se anunciara "o pessoal do Caio vai chegar".

Ficou-se sabendo do nosso projeto, até porque nunca escondemos nada, aos olhos deles inimaginável, posto que o maior trabalho aqui com Talibés diz de si mesmo medíocre. É o próprio dirigente que se diz devedor à realidade, dá a comida  ̶  ora café ora almoço,    nunca os dois −, e depois de um tempo pequeno de palavra os manda embora.

Não tenho estrutura para oferecer o que eles precisam, lugar, comida própria, alfabetização, atividades lúdicas para o desenvolvimento psíquico e o mínimo de profissionalização, o que seria o meu sonho poder fazer  ̶ É o que ele diz. 

Quando fomos enviados pelo Caminho Nações e projetamos o socorro aos Talibés, fomos movidos por não mais que alguns dias de observação local, seguramente 10 dias de observação, posto que, no Senegal, ficamos somente 20 dias; então o que nos moveu ao projetar um espaço para 500 crianças foi o que vimos, os números estratosféricos de mais de 1 milhão de crianças Talibés e de rua,  as condições em que elas vivem e ao que são submetidas, vivendo em um país com uma área pouco maior que o estado do Paraná, no Brasil, perfazendo assim 10% da população. Foi isso e nada mais que isso que nos moveu a projetar o CHAMIN DU FUTUR (Caminho do Futuro).

A parceria com o Governo nasceu do fato de entendermos que fomos enviados ao mundo e para mundo. Nossa missão é nos  imiscuirmos (misturarmos)  e, como sal, trazer gosto e sabor. Isso tudo sem pretensão de nada a não ser ajudar.

Chegamos e dissemos "Paz seja convosco" e a nossa paz foi recebida. O passo seguinte é comer na casa de quem nos recebeu e por aí vai. Outro dia alguém me disse "vocês serão nosso laboratório",  referindo-se à nossa parceria com o governo. Não há nada mais a ser experimentado, não temos nada a observar em laboratório algum, já está tudo testado com o Autor de todas as coisas; é só seguir as diretrizes do Senhor de todas as coisas e dando passos conforme as coisas forem acontecendo. Inclusive, os erros estão previstos, e mesmo eles serão tratados como merecem ser, com simplicidade, verdade, amor e a energia necessária a cada situação, impromíscuos como o pombo e astutos como a serpente.

Não sei quem vai me ler, mas, para quem me ler, meu pedido é que participe conosco para que nossa decisão seja mais facilmente levada a efeito, pois, de um jeito ou de outro, ela será. Você pode tornar isso mais fácil.

Acesse aqui e ajude!

Way to the Nations | Senegal

Não existe caráter que possa ser forjado em nós sem resignação, renuncia e paciência!


RESIGNAÇÃO, RENÚNCIA E PACIÊNCIA: AS BASES DO CARATER DE JESUS EM NÓS!

Estas são as três palavras mais alienígenas à consciência cristã atual. As novas gerações nem sabem mais o que elas significam, de tão estranhas e distantes que se tornaram do cotidiano existencial, psicológico e espiritual de quase todos nós.

Hoje o que se tem é Frustração, no lugar de Resignação, Impotência, no lugar de
Renuncia, e Ansiedade no lugar de Paciência!

Ora, a morte de tais palavras foi obviamente precedida pela morte dos seus valores e significados nas praticas e nas consciências dos cristãos.

Entretanto, até a uns quarenta anos antes de hoje [...], ainda era comum ouvir-se discípulos de Jesus dizendo que se haviam resignado ante uma impotência; ou que
haviam renunciado a algo que poderiam fazer, mas que julgavam não deveriam realizar; ou mesmo que haviam decido esperar com paciência no Senhor alguma coisa, ao invés de morrerem de ansiedade, ou mesmo de buscarem aquilo com obstinação imorredoura.

Certamente as três palavras não significam a mesma coisa, mas mantêm conectividade intrínseca entre elas próprias!

Resignação é o que se assume ante perdas ou impossibilidades, não necessariamente ruins em si mesmas. Assim, resignar-se é assumir que algo não foi possível, mas isto sem as dores da impotência magoada. Ou seja: a resignação é uma atitude positiva ante
a negatividade da existência, sem que seja conformismo.

Renuncia, por seu turno, é uma atitude positivamente arbitraria da consciência ante algo que se pode fazer, mas que se julgue não seja conveniente ou edificante realizar
apenas por que se possa [...]; embora o coração o deseje e possua a potência para tal. Desse modo é que se renuncia a se dar respostas que suscitem a ira, ou abre-se mão de direitos certos, ou abdica-se de poderes que estejam em nossas mãos; e isto em nome de algum valor superior da fé e da consciência. Desse modo, na renuncia, pode-se, mas não se deve fazer ou acolher aquela coisa ou situação como exercício de poder, de potencia.

Já a Paciência é, muitas vezes, tanto uma resignação temporária quanto também uma renuncia em compasso de espera —; posto que se resigne o não realizar ou ter aquilo ou alguma coisa por uma impotência total, ou também por dever de consciência, ou mesmo por uma impossibilidade temporária; e decida-se renunciar aquilo ou algo por amor a pessoas ou à sabedoria imposta pelos tempos e circunstâncias; e isto tudo implica em exercer paciência. Ora, a Paciência é a ciência da Paz na Espera. De fato trata-se de uma paz-ciência. E mais: a paciência se conforta na esperança e na certeza das promessas de Deus mediante a fé; e, por isto, alegra-se enquanto aguarda.

Autoengano é a mais sutil e dissimulada magia da alma!


O QUE É AUTOENGANO?

Se o conceito clássico de Insanidade é fazer sempre a mesma coisa aguardando um resultado diferente dos muitos anteriormente alcançados [...] — então, Autoengano é fazer isto sem tal consciência consentida; ou seja: sem os jogos da sorte, como com frequência acontece com a Insanidade que faz a mesma coisa achando que terá resultados diferentes apenas porque, conquanto a coisa seja a mesma, o tempo é outro...; ou seja: tratando-se, nesse caso, de um novo jogo ou de uma nova sorte.

Autoengano, portanto, é a deliberação que nos faz fazer algo que, consciente ou inconscientemente, suspeitamos que não alcance os objetivos desejados, mas que, pela nossa boa intenção, desta vez, estabelecer-se-á diferente apenas porque cremos sinceramente que será diferente.

Autoengano, por tal razão, é uma deliberação da fé/crença; a qual crê que a boa intenção mudará o resultado das coisas!

Desse modo, podemos dizer que autoengano é um ato de fé/crença que assola o ser bem intencionado!...

Assim também se pode dizer que autoengano é uma deliberação das boas intenções, como se a boa vontade tivesse o poder de mudar o significado das coisas, independentemente de que as coisas tenham mudado ou não...

Autoengano não demanda a conversão da pessoa/sujeito de nossa esperança; ou do objeto do vínculo por nós pretendido; ou mesmo dos fatos em si [...]; mas, supostamente, depende apenas da nossa boa intenção!...

Os agentes podem ser os mesmos, mas se as intenções por nós auto definidas forem outras, nos parece [ilusoriamente] que houve uma mudança radical e objetiva das coisas ou das condições em questão.

Dessa forma, é o autoengano que nos faz crer que as mesmas coisas ou pessoas, sem alterações constatadas pelo tempo/fato/história — porém reunidas em outro tempo e outras superficiais circunstâncias —, automaticamente nos darão outro resultado [...]; diferente dos anteriores.

Pela mesma razão se pode dizer que autoengano é uma decisão mágica da alma boa; a qual, contra toda lógica e sabedoria, acredita que a boa intenção tem o poder de alterar a realidade, a nossa e a do outro; ou mesmo tem a capacidade de transformar as circunstancias implicadas na e da mesma decisão antes malfadada.

Jesus é o Big Bang e é o Anti- Big Bang de todas as coisas!


O JESUS EM QUEM TUDO MORREU E RECOMEÇOU!

Isaías [capítulo 53] disse cerca de 800 anos antes de Jesus começar a curar os doentes, enfermos e humanos carregados de moléstias e opressões diversas, que Aquele que viria [...], seria o Servo Sofredor; e que levaria sobre Si o pecado, as transgressões e as dores de todos, sendo Ele mesmo o mais rejeitado entre os homens; e que Ele, mais que qualquer outro, saberia o significado da dor — pois, além de tudo, Ele seria moído pelo Eterno pelas angustias e sofrimentos de todos os demais humanos!

Jesus...
O Servo Sofredor! O homem de Dores! O homem que sabe o que é Padecer! O homem moído pelo Eterno! O Filho do Homem!

Entretanto, Ele tinha boa saúde, era forte, suportava desafios físicos e psicológicos que poucos aguentariam; e que, além disso, também existia andando sempre na direção premeditada da morte; afastando-se dela apenas enquanto a Hora não chegasse!

Teria Ele levado sobre Si as nossas dores apenas por que curou alguns ou muitos dos doentes que lhe trouxeram?

Teria Ele sido o Servo Sofredor por que foi maltratado antes e durante a Sua execução?

Teria Ele sido o mais rejeitado entre os homens apenas por que alguns dentre os judeus ou dentre a Sua parentela não acolheram?

Assim, pergunto:

Não seriam as afirmações de caráter universal feitas por Isaías de realização pequenas demais na vida do homem Jesus?

Sim, pois em Isaías se vê um quadro no mínimo nacional, embora se enseje na narrativa uma dor maior, quem sabe pelo mundo inteiro...