Manos amigos Mentores, supervisores, e aos que caminham conosco nas estações e grupos de iniciativas....

Um Texto que vale a pena ser relido, pensado....refletido. (seguirá logo abaixo de tudo o que escreverei aqui.)

Estamos num momento importante, onde muita coisa será refletida sobre nossa caminhada nestes anos,  e muitos focos também serão direcionados.

É momento de ação, de atitude, de movimento. (O SOSReligar tem sido fomentador disso, assim como as ações do Caminho Nações também)....Mas isto não vai ficar sendo observado de longe por nós, pois o tempo urge e é hora de levantar e agir.

Lembro àqueles que ainda não se inscreveram para o encontro Sul- Sudeste e Centro - Oeste, que o façam, lembrando que será um momento importante para quem até aqui tem caminhado conosco e atribuído aos seus grupos o nome de "Estações" dentro do Movimento Caminho da Graça.

Sobre o Norte e Nordeste, quem tb desejar poderá estar conosco neste primeiro encontro, mas faremos outro em novembro, em Recife...e em breve daremos maiores detalhes. Estamos fazendo de tudo para que estes encontros sejam o mais acessíveis financeiramente para quem deseja ir, poder chegar com facilidade.

Em relação aos movimentos que acontecem nas "pages sociais",  ali existem muito mais especuladores, simpatizantes e curiosos, do que de fato caminhantes. Os caminhantes ( e quando me refiro a caminhantes,  falo daqueles que em algum momento, de fato se uniram ao movimento do Caminho em alguma das Estações especificamente) Estes serão revelados pelo fruto da consciência implantada em todos estes anos, tanto pelo Caio, como pelo Marcelo Quintela, e por outros que caminharam e ainda caminham conosco até aqui, na pregação insistente do evangelho que forma e transforma.  Portanto, quem tem páginas de suas estações nas redes sociais, utilize-as para a mensagem do evangelho e para que a consciência seja difundida, e as ações sejam divulgadas, pois as ações que tem sido propostas dentro do movimento, são realmente movimentos do evangelho entre nós. E peço também que quem tem acompanhado iniciativas, não autorizem nenhuma página com o Nome do Movimento, até que sintamos que consciências realmente chegaram dentro daquilo que temos proposto como caminhada. Tem grupos que sentem algum "Tesão psicológico" em criarem páginas e se dizerem do movimento, por uma série de razões psicológicas que não desconheço e observo...mas este é assunto para outra pauta.

É importante lembrar também, que entre nós não deverá haver iconizações, e nem haverá. Como disse Jesus...."quem de nós quer ser o maior, que sirva"....No dia em que houverem ícones, é porque deixamos morrer em nós o espírito do evangelho puro e genuíno, para ser "igreja com i minúsculo". Neste espírito e estímulo, peço que ouçam seus supervisores, sejam eles quem forem, com todo respeito e humildade, e falem de suas dificuldades, necessidades, e caminhem juntos. Eles são facilitadores nesta caminhada.

Para os Supervisores, lembro...Se o supervisor não responde nem mesmo a solicitação da supervisão nacional, estaria ele respondendo as demandas daqueles que escrevem em busca de informações, e em busca de orientação? Neste caso queridos, com todo amor...só supervisionará quem de fato se dispuser a supervisionar. Supervisão não é status...é serviço e  doação em amor ao evangelho de Jesus. E no Movimento, a supervisão acontece apenas porque lidamos com grupos diversos e distintos, em diversas camadas diferentes de consciência, além de que muitas estações se  formaram também  com motivações bem diferentes das que foram propostas quando tudo começou. 
Algumas estações viraram grupos de catarse infindável...de autocomiseração por mágoas e feridas obtidas nas suas experiências evangélicas,  e saibam....este tempo foi necessário, mas já passou, e isto não será  assim, não....não será!

Outras, acontecem pelo ego inflado de alguns ex- pastores ou ex- líderes frustrados, que não deram certo em seus movimentos pastorais, mas continuam fomentando no grupo o mesmo movimento egoísta de crescer para dentro...de virar um clube forte...enquanto semanalmente eles pregam e pregam....na "intenção" de transformar consciência, mas o cerne do evangelho que é o Ide, o movimento, não acontece para fora, e não há nenhum incentivo neste sentido por parte do mentor.... Não tem sido tb assim?

Outras ainda, se reúnem com o motivo da comunhão e do partilhar, mas este partilhar fica limitado ali dentro do grupo. A comunhão é algo muito saudável....assim deve ser, mas ela deixa de ser saudável, quando vira o clube, que só privilegia aqueles alguns que lá caminham... Os que chegam sentem-se isolados...e o que dizer dos que estão fora das paredes, na vida?.....Isto as vezes me soa como uma "masturbação grupal"...com perdão da comparação....aonde o gozo termina ali, no grupo, se repetindo a cada semana...mas isto nada gera como atitude para a vida.

E sobre as questões financeiras no Caminho então? Que dificuldade gente! Mas isto é só o reflexo de que a consciência ainda não chegou...e que isto ainda é "lugar de trauma" para muitos. Aí pedimos, lembramos, clamamos! E muito pouco é feito como resposta prática! Isto também não poderá mais ser assim....Temos urgência em repensar como temos tratado o "reino" em nós, com todas as implicações de fazermos parte dele em compromisso e responsabilidade.

Temos uma missão no Senegal, temos uma missão na Nigéria...e outras iniciando, além do SOSReligar e as ações que iniciaremos no Brasil....além disso, temos o fundo das Estações, que ajudará a suprir as ações de supervisão que temos proposto. (Hoje temos 59 estações espalhadas pelo Brasil, e mais 17 que tem contado com nosso apoio, e são iniciativas, ou contatos, como temos classificado,  que se reúnem ainda sem muita regularidade, mas que tem se aliado ao Caminho como movimento, portanto tem o mesmo compromisso, tanto com o conteúdo de seus encontros, como também na colaboração financeira  nas ações que envolvem o Caminho, totalizando 76 grupos no Brasil).

Tudo isto falado acima, sobre as ações e necessidades financeiras do Caminho, já não seria suficiente para que saíssemos de nossos traumas e colaborássemos com regularidade e alegria? Afinal, temos sim O COMPROMISSO, e este é com o evangelho do Deus encarnado...Não vamos brincar com isto!...e isso envolve ação...e ação custa dinheiro...dinheiro empregado aonde existe real necessidade.

Queridos, na boa...os que se dizem do movimento e estão desconfiados, repensem...analisem suas motivações. Perguntem a si mesmos se já entenderam a proposta (principalmente aqueles que Mentoriam grupos)...e assim se posicionem.

Muitas vezes sinto até no linguajar, pois ouvindo alguns de vcs, vejo evangélicos que vieram para o movimento,   se sentiram acolhidos e foram ficando....mas ainda acreditam que Jesus protegia uma religião especificamente....Pois sentimos que,  um ou outro, não se desfazem dos rudimentos da lei, nem na mente, nem na linguagem e nem na vida.

Só desejamos caminhar para ser sal, luz, esperança e divulgadores da boa nova. E isto,  faremos muito mais fazendo, do que falando.

Que Deus nos ilumine  nos ajude a refletirmos sobre estas coisas com muita lucidez e nosso melhor coração.

Coloco aqui algumas informações da parte da supervisão:


* Estou indo ao Rio de Janeiro para uma reunião de um dia inteiro, com mentores, supervisores e aqueles que colaboram nas estações, ou responsáveis por novas iniciativas.
Este dia de encontro, acontecerá no dia 23 de Março, sábado. Para maiores informações procurem o Alexandre Araujo no e-mail: alexandre@caiofabio.net ou pelo Celular:(21) 91316998. (O Breno, que supervisiona o ES estará conosco no Rio tb)
* Estou indo a São Paulo, também para um dia de conversa e encontro, que acontecerá no dia 29 de Março (sexta feira - feriado) - Informem-se com o Eliézer Sanches no e-mail:
eliezer.sanches@bol.com.br (Os que tiverem a possibilidade de vir do interior...falem com o Daniel - caminheconosco@gmail.com)
* Do dia 30 de maio, ao dia 02 de Junho - Nosso encontro em Arujá - São Paulo - Dirigido ao Sul - Sudeste e Centro-Oeste - Afirmo novamente a importância....as vagas são bem limitadas, então não deixe passar....fale com o Eliézer ou Daniel Raimundo no e-mail: encontroregionalsp2013@gmail.com
* Já comecei a falar com o Luiz Antero, para juntamente com o Wellington Vanzo, Fazermos o mesmo no Estado de Minas Gerais. Divulgaremos a data. E também faremos a mesma Caminhada com o Nordeste e Norte, Centro Oeste e Sul, no segundo semestre.
* Incentivo aos mentores e facilitadores nas iniciativas, que adquiram a nova versão do livro "UM SÓ CAMINHO" - (Do Caio), Editado em 2012 pela Editora Pró-Logos.....Façam contato com o Chico para adquirir. Distribuam, leiam juntos nas Estações. Além de que há um vasto material do "Caminho do Discípulo" em vídeo, para ser assistido nos grupos.
* Peço que as Estações que ainda não contribuíram para o fundo, façam confirme as instruções enviadas no ultimo e-mail do Thiago. Temos tentado deixar as coisas claras, para que tanto o Thiago (Secretaria Nacional), Quanto o Valmir (Caminho Nações, SOSReligar, etc) Possam ser facilitados na administração das demandas financeiras que surgem todos os dias.

Tudo está só começando...há muito a fazer! 

Um bj com carinho a todos!...Segue a leitura do texto do Caio abaixo. Sei que muitos já leram, mas nos ajudará reler neste momento!

Ana D´Araújo
Supervisão e Capelania
Movimento Caminho da Graça
Contatos:
ana@caiofabio.net / ana@anadaraujo.com.br /Skype: anadaraujo / (92) 8185 6517 (TIM) 



"Uma Estação não é feita ou formada, ela simplesmente acontece. É fruto d0 ajuntamento de gente sincera, em torno do Evangelho verdadeiro."


A ESCOLHA ENTRE O CLUBE E O CAMINHO 

Há dois modelos básicos de igreja. Há os chamados para fora... e os chamados para dentro. 

 Igreja, de acordo com Jesus, é comunhão de dois ou três... em Seu Nome... e em qualquer lugar... E mais: podem ser quaisquer dois ou três... e não apenas um certo tipo de dois ou três... conforme os manequins da religião. 

 Igreja, de acordo com Jesus, é algo que acontece como encontro com Deus, com o próximo e com a vida... no ‘caminho’ do Caminho. 

 Prova disso é que o tema igreja aparece no Evangelho quando Jesus e Seus discípulos estavam no ‘caminho’ para Cesareia de Filipe: um lugar ‘pagão’ naqueles dias. 

 Assim, tem-se o tema igreja tratado no ‘caminho’ e em direção à ‘paganidade’ do mundo.
 Para Jesus o lugar onde melhor e mais propriamente se deve buscar o discípulo é nas portas do inferno, no meio do mundo! Não posso conceber, lendo o Evangelho, que Jesus sonhasse com aquilo que depois nós chamamos de ‘igreja’. 

 Digo isto porque tanto não vejo Jesus tentando criar uma comunidade fixa e fechada, como também não percebo em Seu espírito qualquer interesse nesse tipo de reclusão comunitária. 

 No Evangelho o que existe em supremacia é a Palavra, que tanto estava encarnada em Jesus como era o centro de Sua ação. No Evangelho nenhuma igreja teria espaço, posto que não acompanharia o ritmo do reino e de seu caminhar hebreu e dinâmico. 

 Jesus escolhe doze para ensinar... não para que eles fiquem juntos. Ao contrário, a ordem final é para ir... Enfim... são treinado a espalhar sementes, a salgar, a levar amor, a caminhar em bondade, e a sobreviver com dignidade no caminho, com todos os seus perigos e possibilidade (Lc 10). 

 No caminho há de tudo. Jesus é o Caminho em movimento nos caminhos da existência. E Seus discípulos são acompanhantes sem hierarquia entre eles. 

 No mais... as multidões..., às quais Jesus organiza apenas uma vez, e isto a fim de multiplicar pães. De resto... elas vem e vão... ficam ou não... voltam ou nunca mais aparecem... gostam ou se escandalizam... maravilham-se ou acham duro o discurso... 

Mas Jesus nada faz para mudar isto. Ele apenas segue e ensina a Palavra, enquanto cura os que encontra. 

 Ao contrário..., vemos Jesus dificultando as coisas muitas vezes, outras mandando o cara para casa, outras dizendo que era preciso deixar tudo, outras convidando a quem não quer ir...; ou mesmo perguntando: Vocês querem ir embora?

Não! Jesus não pretendia que Seus discípulos fossem mais irmãos uns dos outros do que de todos os homens. 

Não! Jesus não esperava que o sal da terra se confinasse a quatro dignas e geladas paredes de maldade. 

Não! Jesus não deseja tirar ninguém do mundo, da vida, da sociedade, da terra... mas apenas deseja que sejamos livres do mal. 

Não! Jesus não disse “Eu sou o Clube, a Doutrina e a Igreja; e ninguém vem ao Pai se não por mim”. 

Assim, na igreja dos chamados para fora, caminha-se e encontra-se com o irmão de fé e também com o próximo que não tem fé... e todos se trata com amor e simplicidade. 

Em Jesus não há qualquer tentativa de criar um ambiente protegido e de reclusão; e nem tampouco a intenção de criar uma democracia espiritual, na qual a média dos pensamentos seja a lei relacional. 

Em Jesus o discípulo é apenas um homem que ganhou o entendimento do Reino e vive como seu cidadão, não numa ‘comunidade paralela’, mas no mundo real. 

Na igreja de Jesus cada um diz se é ou não é...; e ninguém tem o poder de dizer diferente... Afinal, por que a parábola do Joio e do Trigo não teria valor na ‘igreja’? Na igreja de Jesus... pode-se ir e vir... entrar e sair... e sempre encontrar pastagem. 

O outro modo de ser igreja é, todavia, aquele que prevaleceu na história. Nele as pessoas são chamadas para dentro, para deixar o mundo, para só considerarem ‘irmãos’ os membros do ‘clube santo’, e a não buscarem relacionamentos fora de tal ambiente. 

A comunidade de Jerusalém tentou viver assim e adoeceu! 

Claro! 

Quem fica sadio vivendo num mundo tão uniforme e clonado? 

Quem fica sadio não conhecendo a variedade da condição humana? 

Quem fica sadio se apenas existe numa pequena câmara de repetições humanas viciadas? 

Sim, quem pode preservar um mínimo de identidade vivendo em tais circunstâncias? 

Nesse sapatinho de japonesa? 

É obvio que os discípulos precisam se reunir..., e juntos devem ter prazer em aprender a Palavra e crescer em fé e ajuda mutua. Todavia, tal ajuntamento é apenas uma estação do caminho, não o seu projeto; é um oásis, não o objetivo da jornada; é um tempo, não é o tempo todo; é uma ajuda, não é a vida. 

De minha parte quero apenas ver os discípulos de Jesus crescendo em entendimento e vida com Deus, em amizade e respeito uns para com os outros, em saúde relacional na vida, e com liberdade de escolha, conforme a consciência de cada um. 

O ‘ajuntamento’ que chamamos igreja deve ser apenas esse encontro, essa estação, esse lugar de bom animo e adoração. 

O ideal é que tais encontros gerem amizade clara e livre, e que pela amizade as pessoas se ajudem; mas não apenas em razão de um certo espírito maçônico-comunitário, conforme se vê... ou porque se deu alguma contribuição financeira no lugar. 

A verdadeira igreja não tem sócios... Tem apenas gente boa de Deus... e que se reúne e ajuda a manter a tudo aquilo que promove a Palavra na Terra. 

Tenho pavor de comunidades! 

Elas são ameninantes para a alma, geram vilas de doenças, produzem inibição dos processos de individuação, e tornam os homens eternos imaturos... sempre com medo do mundo e da vida. 

Sem falar que em todo mundo muito pequeno, como o da ‘comunidade’, as doenças tendem a aumentar... e a ganhar caras e contornos de perversidade travestida de piedade...
É o que eu chamo de peidade! 

Fica todo mundo querendo se meter onde não foi chamado... É um inferno! 

No ‘Caminho da Graça’ estou tentando levar as pessoas a esse entendimento e a essa maturidade, e não tenho nenhuma outra vontade interior de fazer daquilo mais uma ‘igreja’. 

Quero ver pessoas que sejam ‘gente boa de Deus’; gente descomplicada e desviciada de ‘igreja’; gente que aprenda o bem do Evangelho primeiro para si e em si mesmas..., e apenas depois para fora... 

Portanto, não se trata de um movimento ‘sacerdotal’, intimista e fechado; mas sim de um andar profético, aberto e continuo... 

Lá não se busca a média da compreensão... Ao contrário, lá se força a compreensão... 

Lá só fica quem realmente quer... e não tento jamais dissuadir ninguém ao contrario de sua vontade. 

Não há complicação. Tudo é muito simples. 

E quem não achar que serve, está sempre livre a achar o que lhe agrada em qualquer lugar. 

Ou não foi assim que Jesus tratou a tudo no caminho? 

A escolha que se tem que fazer é essa: ou se quer uma ‘comunidade’ que existe em função de si mesma, e para dentro; ou se tem um ‘caminho de discípulos’, e que se encontram, mas que não fazem do encontro a razão de ser da vida. 

A meu ver, no dia em que prevalecer o modelo do ‘caminho’, conforme Jesus no Evangelho, a vida vai arrebentar em flores e frutos entre nós e no mundo à nossa volta; e as pessoas serão sempre muito mais humanas, descomplicadas e sadias... Mas se continuar a prevalecer o modelo ‘comunitário de Jerusalém’... que de Jerusalém tem apenas o intimismo e o espírito sectário... não se terá jamais nada além do que se teve nesses últimos dois mil anos; ou seja: esse lugar de doentes presunçosos a que chamamos de ‘igreja’. 

Para isto... para esta coisa... não tenho mais nenhuma energia para doar. Mas para a vida como caminho, ofereço meu coração mais jovem do que nunca. 

Caio
Julho de 2005
Brasília